Os pesadelos se sucediam por muito tempo... Ele já nem lembrava mais quando haviam começado. Sempre faltava alguma coisa para que pudesse saber por que ocorriam, ou para onde o levariam... Chegou a pensar que à loucura. No entanto sabia que um dia descobriria o que há por trás desses sonhos insanos. E realmente descobriu.
Marcos acordou sentindo certo mal estar. Era como um calafrio, mas sabia que não podia ser normal, pois o sol brilhava lá fora, como para criar a certeza de que tudo estava bem. Olhou ao seu redor, o quarto com tudo arrumado, contrastando com sua personalidade instável. Disse para si mesmo que havia sido só um pesadelo... Coisas como aquelas só em filmes e em histórias para enganar adolescentes. Mas como parecia real a sensação de terror e as batidas aceleradas do seu coração não ajudavam muito a acalmá-lo.
Sim, agora lembrava bem do pesadelo... Aquela casa... Aquele lugar... “Não, não é possível” disse para o sol, para o dia lindo que amanhecia. “Devo estar enlouquecendo”.
Voltou a adormecer repetindo que era um pesadelo idiota.
Agora via diante dos seus olhos o pesadelo, tantas vezes repetido. Estava numa casa grande... ele sabia que era sua apesar de só ter estado lá em seus pesadelos, sentia que ela o queria. Começou a andar por aqueles corredores tantas vezes percorridos e sentiu que dessa vez poderia saber o que o esperava depois. Não havia nada de assustador, era só uma casa velha e abandonada. “Abandonada por quê?” ele se perguntou. “ou por quem?”
Chegou ao final do corredor e viu que este acabava no nada. Não havia portas, não havia janelas, não tinha porque existir um corredor para o nada. Olhou ao seu redor e pensou em voltar. Mas não podia voltar. O corredor não tinha mais volta, a outra extremidade acabava do mesmo modo. No nada. Entrou em pânico. Como a casa que ele tinha conhecia tão bem tinha o levado para essa armadilha?
Sua cabeça começou a dor intensamente, parecia que estavam apertando seus miolos com uma prensa... sim ele merecia isso... não sabia porque, mas sabia que merecia aquela dor, aquela tortura.
Jogou-se no chão implorando pela morte. Porque ela não vinha encontrá-lo? Gritava e implorava, provocava a morte chamando por ela como se fosse um alívio saber que ela chegaria, que ela ouviria seus gritos. Mas ela não veio, quando mais ele gritava mais dor sentia e mais distante a morte parecia dele. Desmaiou e tudo o que veio foi a escuridão.
Acordou assustado pensando em como aqueles pesadelos eram horríveis, e demorou-se um momento de olhos fechados. Pensou em fazer algo para comer e o que faria pelo resto do dia. Mas qual foi o seus horror ao se ver no mesmo corredor em que estava no seu pesadelo. “Não é real, não é real” murmurava de si para si.
“Sim é real, Marcos. Não adianta mais negar, tente aceitar, isso melhorará sua estadia.” Disse uma voz que vinha de todos os lugares ao mesmo tempo. “Porque estou aqui? O que eu fiz?” Gritou para o teto. “Descobrir isso vai ajudar a passar o tempo.” Disse a mesma voz.
Assustado Marcos, tenta se acalmar. O que ele havia feito? Que lugar era esse? Sentiu que sua cabeça ia explodir de dor novamente. Não, não agüentaria mais aquela dor... era insuportável. Por quanto tempo ela duraria? Jogou-se no chão e gritou até desmaiar.
Do outro lado da suposta parede, dois médicos observavam Marcos. “Esse rapaz nunca sairá daqui novamente?” perguntou um deles. “Não, sua loucura está o levando cada vez mais para o mundo de seus pesadelos e temo que um dia ele não volte mais desse mundo. Precisamos protegê-lo dele mesmo” Disse o outro médico, que era um psiquiatra. “Que coisa horrível! Viver imerso em seus pesadelos!” Comentou o primeiro médico. “Todos vivemos imersos em pesadelos...” Respondeu simplesmente o psiquiatra.
Por isso q eu tenhu medo de pesadelos... eles podem te deixa doido...