Comente o último filme que vc assistiu

Um noir psicológico-social. Assim eu definiria o gênero de A Embriaguez de Sucesso.

O crime em Embriaguez de Sucesso pode se dizer é a currupção das pessoas, no caso as poderosas ou que tentam ser. A imprensa é a voz que a população tem como parâmetro para saber como estão as coisas. Pode se confiar nela? Por trás de uma reportagem temos gente, além disso pode ter mais do que imaginamos, favores, influência, chantagem, interesses, ameaças.

Este drama é rico em demonstrações do quão corrompida pode ser uma sociedade aparentemente luxuosa. A noite ocupa grande parte do filme. Nela enxergamos só o que as luzes nos permitem, ao redor há outras coisas que escapam. Como um bom mandamento do cinema Noir é o que Mackendrick constrói, com auxílio de uma série de diálogos digna de replay.

As armas podem não ter destaque nesse filme, mas a crueldade parece ser ainda maior quando a ambição está engatilhada (perdão pelo trocadillho).


Diretor: Alexander Mackendrick
1957 / EUA

O Discurso do Rei




Sinopse
Desde os 4 anos, George (Colin Firth) é gago. Este é um sério problema para um integrante da realiza britânica, que frequentemente precisa fazer discursos. George procurou diversos médicos, mas nenhum deles trouxe resultados eficazes. Quando sua esposa, Elizabeth (Helena Bonham Carter), o leva até Lionel Logue (Geoffrey Rush), um terapeuta de fala de método pouco convencional, George está desesperançoso. Lionel se coloca de igual para igual com George e atua também como seu psicólogo, de forma a tornar-se seu amigo. Seus exercícios e métodos fazem com que George adquira autoconfiança para cumprir o maior de seus desafios: assumir a coroa, após a abdicação de seu irmão David (Guy Pearce).

O que posso dizer.. simplismente um ótimo filme, excelente elenco, Colin Firth espetacular ( so suspeita, amo ele) história real, sobre um momento pra la de importante da Monarquia Inglesa.. vale mais do que a pena!! Melhor do ano mereceu todos os Oscar que levou =) nota + q 10

os clientes que estão sempre jogando, bebendo e brigando. Stella está adaptada a viver entre esses tipos num bar na década de setenta.
Os pais também passam por conflitos, ela tem dificuldade em encontrar em ambos um apoio. E pra completar ela entra num importante colégio de Paris, seu desempenho é tão bom quanto seu o interesse, que é zero. No entanto é uma fase de transformações. Gladys, uma amiga da escola é um desses fatores, por quem Stella acaba descobrindo a literatura e a música.

A adolescência normalmente é um período difícil, que exige paciência, da própria pessoa e dos que cuidam dela. Sylvie Verheyde dirige com simplicidade um enredo com momentos de beleza e outros de sabor amargo. Sem exagero na violência, sem floreamento nas alegrias. A menina Léora Barbara está ótima. Ela convence que sabe jogar fliperama, sinuca, cartas, fazer coquetéis, no entanto é ruim em todas as demais como afirma em certo momento. As oportunidades podem aparecer, Stella pode aproveitar, ela não pode deixar passar sua chance.

Tive sorte com este filme, não pretendia vê-lo, até porque nem conhecia, muito menos a diretora. E vamos concordar, o número de diretoras significativas vem aumentando, não acha?

Um Lugar Qualquer

Sofia Coppola é uma expressão de cinema bem peculiar, não é inovadora, não precisa ser. Sua forma de mostrar é que vale.

O seu domínio sobre o estilo desenvolvido de filmar e apresentar uma história é bem marcado. Neste recente trabalho ela mais uma vez reedita muito do que já fez. Muitos vão enxergar nisso um ponto fraco, tantas semelhanças e reavivamentos temáticos que sentirão a sensação de estar vendo uma refilmagem plagiada de Encontros e Desencontros.

Mas ver um ator da máquina do cinema americano sendo bajulado com tudo ao seu alcance em matéria de prazeres e notar que está sem empolgação pra ver nisso alguma vitória é normal, não fosse pela forma da Sofia captar e distribuir o tédio ao longo do tempo. O tempo de ação que é tão verossímel que torna o filme quase um documentário sobre o tédio. Como se uma câmera de trânsito quisesse filmar apenas um veículo ao longo de alguns dias. O que de fato acontece em algumas cenas. Ai que entra o expectador, que pode aceitar ou não o que está sendo enunciado. Sugando essa chatice de vida.

São planos longos, pra alguns arrastado. É o jeito Sofia de mostrar a melancolia e a solidão que não escapa mesmo para alguém que parece tudo ter conquistado. Sofia não deu um passo atrás seguindo seus ideais, ela reafirma ter dominado e fincado o estilo Sofia de fazer Cinema e pode se orgulhar disso.



Roteiro e Direção: Sofia Coppola
2010 - EUA

eu quero muito assistir somewhere *---*

vlw por lembrar

Teorema
Dirigido e escrito por Pier Paolo Pasolini em 1968 na Itália.

Um filme sobre nós, seres do mundo capitalista.
Quando um hospede chega na casa de uma família burguesa a vida deles sofre uma transformação.
O pai é um industrial, um elemento importante na estrutura capitalista. Sua mudança após conviver com o hóspede é "você fez eu mudar a forma como eu me vejo", na verdade ele nota que não possui uma identidade, que é apenas uma figura dentro de uma máquina. Vem o desespero por encontrar sua própria face.
A filha, tímida que idolatra o pai e desconhece os homens. Com o hóspede conhece. Resume o resultado dizendo "Através do bem que você me fez, me conscientizei do meu mal". Ela não suportou enxerga-se totalmente.
O filho, que leva uma vida comum entre seus amigos faz duas descobertas com o hóspede. "você fez eu perceber como sou diferente
dos outros". Percebe sua capacidade artística abstrata e sua sexualidade fora dos padrões burgueses.
A mãe, nula na vida. Apenas figura sua posição dentro de uma família que não conversa. "você fez eu perceber o vazio dentro mim,
minha falta de interesses na vida". Transforma isso numa busca por uma sexualidade perdida, indo em busca de encontros fortuitos com desconhecidos.

E assim eles vão descobrindo, sendo revelados, transformados, demonstrando que são apenas figuras de um sistema burguês capitalista fadado ao fracasso.

Le fou, quero ver filme francês, manda um bom aê

Ana Clara escreveu:Le fou, quero ver filme francês, manda um bom aê

Vou citar um que vi no cinema:

Cópia Fiel
França, Itália, 2010
Drama, romance
Direção: Abbas Kiarostami


Detalhes aqui: http://omelete.uol.com.br/cinema/critica-copia-fiel/

Boa! vou baixar, depois volto aqui e digo o que eu achei

Hotel Atlântico é baseado em um livro de João Gilberto Noll. Assim como foi aconteceu em outro filme mais antigo de Suzana Amaral, A Hora da Estrela.

Ver um filme assim, que acontece na estrada, como a viagem de um ator de certa fama nacional, é descobrir que há mistério em toda caminhada. O esbarrar aqui e ali com gente descobre palavras, sensações e liga o gatilho da imaginação.

Sem perceber a atuação dedicada Júlio Andrade, o protagonista, entramos em suas roupas. Saboreamos cada dialogo como uma pequena aventura. Pois são pessoas que nunca vimos e não sabemos o que farão. Uma polonesa que fala português ao seu lado é ou não é uma aventura inesperada dentro de um ônibus rumo a Florianópolis?

Destaco aqui duas frases interessantes que ficaram em mim:
"onde tem uma vontade, tem um caminho"
"o mar você até vê o fim, mas não é o fim, não acaba nunca"



Hotel Atlântico, de Suzana Amaral.
Elenco: Júlio Andrade, Mariana Ximenes, Gero Camilo, João Miguel.

Palmas para nosso cinema brasileiro!

Eis que vejo o quarto filme de Jim Jarmusch, Dead Man, com um Johnny Depp vacilante, aqui o humor dele é quase que involuntário, quando ele ainda nem devia ter essa aura cool. Portanto uma escolha suspeita. Que ele é uma escolha incomum para um diretor quase experimental isso podemos supor. Agora que ele se encaixa no personagem isso podemos ter certeza.

Um cara jogado nas trilhas do mundo canibal, submetido ao ultraje, expondo sua fragilidade e incertezas. Pode torcer por ele, pra que se torne forte e sobreviva ao mundo.

Jim nos põe no meio de uma aventura que envolve reliogiosidade e deboche, maturidade e riscos, não há segurança para ninguém que está ao redor de nosso Dead Man. O humor surge estranho, até quando um homem janta outro.
Só cruze o caminho de William Blake caso tenha certeza de ser uma pessoa de sorte.



Amanhã acho que finalmente poderei ver outro dele, mas amanhã nós conversamos.

Ta Chan escreveu:O ultimo que vi foi o Cartas pra Julieta, é tao fofo
e bem feito, tinha um tempo que nao via um filme, legal
romantico que nao fosse chato -.-
supero a minha expectativa xD
gostei muito ^^

Tava vendo essa indicação da senhorita chata, feia, boba, cara de meleca... Ta-Chan ^.^.

Apesar desse estilo de filme passar looooooooooonnnnnnnnnge do meu gosto... É bem bunitim mesmo *.*, sem nada muito mela cueca...

Gostei

É Le fou ...

agora fiquei com vontade de ver todos os filmes do Jim *---*

vou baixar o dead man aqui ^^
vou assistir o matchpoint ai se for bom escrevo algo dele aqui..

Dos que não são engraçados do Woody Allen..
esse é o melhor
Gostei bastante do filme..
envolve muito a questão da sorte
com um final interessante.. que foge bem dos clichês

recomendo ;D

Acumulei, então vou falar de quatro filmes dessa vez:

A culpa é do Fidel,
Julie Gravas, 2006
França/Espanha
Divertido filme sobre uma garota que vai descobrindo sobre como é a
política de seu tempo, anos 70, enquanto isso altera sua vida. O pai da
garota é um ativo simpatizante do governo deposto de Salvador Allende, o
que começa a gerar transformações na vida da família. As alterações
deixam a garota com muitas reservas com relação aos barbudos comunistas,
ela começa até criar uma rivalidade com a cor vermelha tradicional dos
movimentos sociais. Entender que a solidariedade com um povo é mais
importante do que manter alguns confortos que estava acostumada é o
desafio proposto pela diretora Julie, filha do grande Costa-Gravas, para
sua pequena protagonista. Sem exagerar no tom político, com boas doses
de humor é uma ótima opção para quem deseja um filme sério e ao mesmo
tempo bem humorado.



Na Teia do Destino,
Max Ophüls, 1949
EUA
Eu vi Carta de Uma Desconhecida (um dos três melhores romances da
história) quatro anos atrás, desde então percebi que Max só iria me
propriciar momentos de emoção e beleza. O diretor alemão teve seu
momento de trabalho no EUA durante a ocupação nazista, e seu último
filme lá foi um Noir. Um gênero estranho para um mestre do drama humano.
Porém ele soube misturar o melodrama ao suspense e criar um enredo que
circula entre o estilo europeu e americano de contar uma história. Com o
casal de protagonistas descobrimos que uma mãe pode se meter em sérias
dificuldades e questionamentos morais para manter sua família em
segurança.



Uma Noite Sobre a Terra,
Jim Jarmusch, 1991
EUA/França/Itália/Finlândia
Esperei oito anos pra poder ver este filme, sempre perguntando e
procurando por ele, desde que ouvi um programa de rádio comentar sobre a
trilha, de Tom Waits em sua voz gutural. São cinco filmes dentro de um.
Todos acontecem dentro de um taxi em cinco cidades diferentes. Há
humor, discursão de valores, bizarrices e drama humano. O ambiente
fechado e a interação dos personagens não cai em momentos repetitivos
graças aos ótimos diálogos travados. Para quem viu Sobre Cafés e
Cigarros, também de Jim, sabe exatamente do que eu estou falando.



A Partida,
Yojiro Takita, 2008
Japão
Vencedor de um Oscar de melhor filme estrangeiro, este filme consegue
falar da morte, dificuldades de aceitação, mentiras, traição, vergonha,
deterioração, tudo isso e ainda com doses de humor, sem cair na
babaquice de considerar a morte uma banalidade. Pode ser um pouco solene
a forma como as famílias tratam o cerimonial de velamento de seus entes
queridos, mas esta história e um personagem em busca de seu lugar no
mundo nos aproxima disso, descobrir que a morte pode ser uma saída
honrosa e digna é um dos temas bem abordados por Yojiro Takita, digno do
prêmio recebido.

Me salvou do tédio le fou... o/
desses que vc citou só vi a partida mt bom por sinal..
vou assistir hoje o do Jim *--*

Q lindo Galvão *-*

se quiser indicaçao.. so pedir.. eu tbm nao curto filme mela cueca

hahah =**

Tenho que terminar biutifull.. coisa linda.. bardem é O Ator!!

Ta Chan escreveu:bardem é O Ator!!

agree

Assisti Night on earth Le Fou..
cara
perfeito ..
adorei..

Biutiful é mt bom mesmo..
termine de assistir ;D

Sinopse
Cataleya (Zoe Saldana) testemunhou a morte de seus pais quando era apenas uma menina. Agora, trabalha para o seu tio como uma assassina profissional, mas não consegue esquecer seu objetivo maior que é se vingar daqueles que tiraram da sua vida as pessoas que ela mais amava. Para isso, os mafiosos que cometeram o crime sentirão o gosto de sua vingança.

Num tem lá daqueles enredos surpreendentemente inovadores, mas é um bom filme, bastante ação e tals, mandou bem na idéia que se propôs a mostrar desde o começo...

- Uma prova de Amor

- Sinopse
Sara (Cameron Diaz) e Brian Fitzgerald (Jason Patric) são informados que Kate (Sofia Vassilieva), sua filha, tem leucemia e possui poucos anos de vida. O médico sugere aos pais que tentem um procedimento médico ortodoxo, gerando um filho de proveta que seja um doador compatível com Kate. Disposto a tudo para salvar a filha, eles aceitam a proposta. Assim nasce Anna (Abigail Breslin), que logo ao nascer doa sangue de seu cordão umbilical para a irmã. Anos depois, os médicos decidem fazer um transplante de medula de Anna para Kate. Ao atingir 11 anos, Anna precisa doar um rim para a irmã. Cansada dos procedimentos médicos aos quais é submetida, ela decide enfrentar os pais e lutar na justiça por emancipação médica, de forma a que tenha direito a decidir o que fazer com seu corpo. Para defendê-la ela contrata Campbell Alexander (Alec Baldwin), um advogado que cuidará de seus interesses.

Lola Montès
França/Alemanha/Luxemburgo
1955, de Max Ophüls

Cores, muitas cores, movimentos únicos e notáveis, combinação de todos as possibilidades cinematográficas, algumas até impossíveis na época. Detalhes que unidos transformaram esta produção do alemão Max Ophüls num dos intocáveis ao lado de Welles, Renoir e Einsenstein.
Transformar e revolucionar certamente não ficou barato, retalhação dos produtores, silêncio do público e ataque da mídia. Precisou de tempo para a humanidade perceber seu erro.
A vida de Lola é moderna e livre, avançada. Somos avançados o suficiente pra acompanhar tal enredo? Sorte de quem pode ver e rever tal espetáculo.

Estou satisfeito por anos de espera pra ver esta obra prima.

The Housemaid,
Coreia
1960, Ki-young Kim


Deu pra entender porque esse filme, a versão original, é tão respeitada.

O restauro do filme é visível lá pelos 40 minutos, quando tem um trecho sem restauração, quando perde-se um pouco do detalhamento.

O filme é sim em PB, mas a fotografia praticamente usa isso pra criar constrastes marcantes. Parece até nanquim. Repare que no começo a empregada usa uma roupa clara, e enquanto ela vai se revelando uma ameaça para a família seu traje passa a ser escuro. A esposa por outro lado sempre veste roupas claras.

É só um indício, não é uma marca fixa. A empregada interefere na paz da família, mas a direção é capaz de exibir que a família não era tão virtuosa assim. Por trás de uma mãe dedicada há interesses. O pai e chefe da família visto querido por suas alunas não é tão inocente com relação às mulheres. E mesmo as crianças mostram uma crueldade inata até entre si.

Não há crítica, a câmera é capaz de só mostrar e fica claro que sempre há uma saída, seguir é uma decisão de cada um.

Excelente trabalho da equipe Rai, Tor e Ingo.

Desejo e Perigo
Taiwan
2007, Ang Lee

Ang Lee dos caubóis gays não segue pelo caminho da vanguarda, o que não significa ter se esquivado das polêmicas, dessa vez quase inevitáveis, pois o roteiro pede, clama, deseja as cenas pra lá de íntimas entre o casal de protagonistas. Toni Leung de Amor a Flor da Pele não apresenta grande novidade, faz sua parte com competência, a atriz estreante também. Fico me perguntando se essa escolha se deve ao fato dela não se inibir em aparecer na tela com closes de suas partes com a de Toni. Mas isso é não importa.
O filme é uma recriação de época do período da guerra sino-japonesa no meio do século XX. A fotografia e figurinos estão impecáveis. O roteiro também, como também não apresenta nada de novo. Mas é bem feito e isso ninguém pode negar. Falar que se espera mais é um pecado, como também é colocar louros demais.

Casa Vazia
Coreia
2004, Kim Ki-Duk


Vai ser estranho falar ainda com a sensação deixada. Contraditório escrever aqui sobre o que acontece em cena. Seguindo um entregador de folheto que invade casas que ele percebe estarem vazias descobri um mundo à parte, sua entrada na casa é a chance de interagir com a vida que havia em cada residência, abandonada por férias de seus ocupantes originais. Seu cuidado com cada casa, seja lavando a roupa suja ou consertando alguma coisa quebrada da casa é uma forma de torna-se íntimo do ambiente invadido. É uma entrada além, pois ele se envolve tanto que parece que já morou ali.

Até que conhece uma casa, onde há uma mulher, fragilizada pela convivência hostil com o marido. Ela aceita o convite dele para sair dali e adentrar em outras casas, eles vão ficando cada vez mais próximos, até serem descobertos, afinal sempre há o risco de alguém voltar de surpresa.

Eu comecei dizendo que seria contraditório escrever. Isto é porque filme praticamente não possui diálogos, exceto por parte da secretária eletrônica dos telefones das casas ou eventuais aparições de outras pessoas, o que demora a acontecer. O filme caminha até sugerir que há uma distinção entre sonho e realidade que não enxergamos. Uma casa vazia para Kim Ki-Duk é uma oportunidade para demonstrar isso.