La Rose de Versailles
Ação, Drama, Histórico, Romance, Shoujo, Tragedia
10 volumes
Ano: 1972
Autor e Arte: IKEDA Riyoko
Publicação original: Shueisha
Revista Margaret
Um dos maiores marcos do quadrinho mundial, Berusaiyu no Bara, ou Rosa de Versalhes, é uma simpática criação de Ryoko Ikeda. Foi o marco inicial do chamado shojo mangá, com suas histórias basicamente direcionadas para o público feminino.
Por mais que Osamu Tezuka que de fato criou o mangá para garotas, com o clássico A Princesa e o Cavaleiro, foi Ikeda que deu as bases estéticas próprias para o gênero, com uma arte extremamente delicada e roteiros com um impressionante nível de dramaticidade e romance, além de, claro, abrir o mercado de trabalho para outras mulheres na indústria dos quadrinhos japoneses.
O roteiro extremamente apurado, repleto de análises psicológicas, com fatos reais habilmente costurados a personagens fictícios fazem desta obra uma leitura obrigatória.
Se hoje algumas das mais populares artistas do Japão são mulheres fazendo quadrinhos femininos, isso se deve à precursora Ryoko Ikeda. Não teríamos um CLAMP com seu Sakura Card Captors, nem uma Naoko Takeuchi, com Sailor Moon, sem Rosa de Versalhes.
A aura de popularidade do título é impressionante. Além do mangá de onze volumes, da série animada tivemos também uma peça de teatro e um filme. A Panini relançou o título na Itália (Nota: bem que poderiam fazer o mesmo aqui); e no Japão ele foi republicado numa edição especial com CD. O interessante são itens como vinhos e arroz, todos produzidos por fãs que conseguiram a licença!
Ryoko Ikeda nasceu em 1947. Estudou filosofia, largando a faculdade para se dedicar profissionalmente aos quadrinhos em 1967. Outras obras conhecidas da autora são Berusaiyu no Bara Gaiden (Lendas de Rosa de Versalhes), Orufesu no Mado (A Janela de Orfeu, épico passado durante a Revolução Russa, editado de 1975 a 81) e Eroica (uma espécie de continuação de Rosa de Versalhes, com personagens em comum, passada durante o Período Napoleônico, editada em 1983).
Para quem se interessar em procurar, a Europa Carat Home Vídeo lançou os doze primeiros episódios do anime em 1994/95, com o nome de Lady Oscar. Seria legal se alguém decidisse lançar o mangá por aqui. Afinal, seria o merecido tratamento a um verdadeiro clássico dos quadrinhos japoneses.
CURIOSIDADE: sabiam que o personagem Misty (Saint Seiya), que é francês e andrógino, foi diretamente inspirado em Oscar? Comparem as imagens. Foi uma maravilhosa homenagem que Masami Kurumada fez a Ikeda.